Ao sentir aquele “inspiro de saudade”, sorriu por dentro.
Sabia que ele estava ali para ficar! (estaria mesmo, ou era o seu desejo?) E o dele? Já há muito que não o sabia!
- Vamos fazer como nos filmes, sentamo-nos no sofá a beber vinho em copos altos e conversamos até as garrafas durarem ou o telefone tocar e veres que já é tarde!
- Tu não gostas de vinho!
- Nem tu! Mas diz lá que não é uma visão engraçada? Diria mesmo, digna de um filme. Então e com sumo de laranja, já pode ser?
Encostaram-se ao lado mais confortável do sofá, sentaram-se como nos filmes.
Agarrou uma almofada contra o peito e ficou a ouvir .
Ainda bem que não levou telemóvel para reparar que já era tarde, e que não foi preciso mais sumo, a conversa estava para durar.
O cheiro a flores continuava e deixou escapar um beijo na testa.
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