fevereiro 24, 2007

Eu e tu. Só.

Abro a porta. Vou directa ao quarto.



As botas ficam pelo caminho. Alguém as há-de arrumar.



Estou cansada. Deixem-me descansar só um pouco.



O telefone vibra:1 mensagem nova.



E lá estavas tu a dar sinal de vida, com aquelas correntes estúpidas. Ao menos soube que estás viva.



Por onde andas? Sou vento, mas nem sempre te consigo ver.



Onde estás?



Preciso dos nossos caminhos.



Lembras-te das nossas conversas de mesa? São tantas. Espalhadas em mil um cadernos, mil e uma cartas.



Onde estás? Não te vejo.



Vamos dar as mãos e dar a volta ao mundo como nós sabemos.



Anda. Não penses. Anda. Apenas.



Dá-me a mão.



Se caíres eu estou aqui.



Eu acendo a luz.



Eu mostro-te o caminho.



Vem. Vem só.



Não penses.



Somos só nós.



Somos só nós.



Como antigamente.



Como agora.



Como sempre.



Nós!


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