janeiro 31, 2010

Então é isto.

“Sentou-se no banco.

Sabia que era a primeira vez que tinha ido definitivamente, que tinha morrido e nunca mais iria voltar a ver a sua sombra sequer. Possivelmente iria reconhecer o seu cheiro numa rua qualquer no meio da multidão, iria ver alguém incrivelmente parecido, mas não era. Iria lembrar-se de episódios quando lhe caíssem fotografias esquecidas, quando tropeçasse numa caixa cheia de dias lá dentro, quando visse uma data na agenda, quando faltassem certos “rituais”. Quando passasse naquele sitio e não parasse lá mais,se quisesse apoiar naquele pilar que sempre estivera lá e que agora não estava mais.

O lugar do lado estaria agora vazio e o baloiço também
não iria ranger mais.


Então é isto que se sente quando se conhece o “nunca mais”…
É. E não precisas de datas para to recordar, está em ti. “



S.Bento_pic


3 comentários:

Anónimo disse...

Sem mas, nem meio mas...é isso mesmo. Mais nada.

....ficam as recordações (as que valem a pena)

;)

Boa semana.

arte por um canudo 2 disse...

Muito..muito transcedente. Acima de tudo romântico. Bjs

arte por um canudo 2 disse...

deve dizer-se "tanscendente". desculpa